No dia 28 de Julho em Rondonópolis, os camponeses demonstraram como mantém 70% da alimentação na mesa do povo brasileiro. Isso aconteceu na Praça Brasil, onde estes trabalhadores/as rurais de 09 municípios e 28 comunidades organizaram uma Feira Agroecológica com produtos sem utilização de agrotóxicos, naturais e frescos, durante todo o dia. Ao todo, contou com a presença de, em média, 250 pessoas, fora as pessoas que visitavam. Na feira houve café da manhã e almoço aos camponeses da feira, trabalhadores dos comércios e população em geral.
Houve diversos momentos na feira, além da apresentação dos próprios produtos desses camponeses, um deles foi a celebração de abertura um pequeno teatro que denunciou a situação dos povos da terra e território em que índios, quilombolas e camponeses estão sendo marginalizados do acesso à terra, oprimidos e sofrendo violência por parte do Estado e fazendeiros do agronegócio. Assim, foi lançado o caderno de Conflitos no Campo – Brasil – 2015. Nesse momento a Comissão Pastoral da Terra denunciou o reino de morte se sobrepondo sobre o Reino da Vida em que despejos, assassinato, pistolagem, violência, escravização de trabalhadores e a destruição e envenenamento do bioma, aumentaram absurdamente em 2015.
E em meio às denúncias da realidade de pessoas que buscam a dignidade a si e à família por um pedaço de chão para viver e sobreviver com o suor do rosto, juntamente ao anúncio de uma esperança oferecida por camponeses com produção agroecológica respeitando a terra, água, animais, plantas e pessoas que esse dia festivo e comemorativo.