Atualmente, o planeta possui 31,7% de sua população – 7 bilhões de pessoas – professando a fé cristã, o que a torna a principal religião, com 2,18 bilhões de seguidores. De acordo com o Instituto de Pesquisa americano Pew Research, as principais tradições cristãs são a católica, com 51,4% dos fiéis; os evangélicos, 36% (sendo que a maioria segue a linha pentecostal); e os ortodoxos, que somam 12,6%.
O Anuário Pontifício 2017 e o Anuarium Statisticum Ecclesiae 2015, do Departamento Central de Estatística da Igreja do Vaticano, indica que o Brasil ocupa o primeiro lugar no conjunto de dez países do mundo com maior consistência de católicos batizados, com 172,2 milhões de católicos. Ficando à frente de países como o México, com 110,9 milhões, Filipinas com 83,6 milhões, Estados Unidos da América (72,3), entre outros. O número de católicos brasileiros representa 26,4% de católicos no continente americano.
Na pesquisa do Instituto Pew Research Center, o Brasil figura na lista dos maiores países cristãos do planeta, com aproximadamente 175 milhões de seguidores de Jesus, atrás apenas dos Estados Unidos, 246 milhões, e à frente do México, terceiro colocado, com 107 milhões. Esses dados foram revelados em um relatório do instituto de pesquisa Pew Research Center, e mostra uma predominância entre as duas maiores tradições cristãs do planeta: catolicismo e protestantismo.
A partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa constatou que o catolicismo ainda é predominante no Brasil, que forma a maior população católica do mundo, com aproximadamente 133 milhões de fiéis. A tradição católica, no entanto, vem perdendo fiéis no Brasil ao longo das últimas sete décadas. Em 1940, 95,5% da população era adepta do catolicismo, enquanto 30 anos depois, em 1970, esse número havia sofrido uma tímida redução, passando a 91,8%, contra 3,7% de evangélicos.
Nos anos 1980, os católicos eram 90%, e 20 anos depois, na primeira década do novo milênio, a redução constatada em duas décadas foi significativa, com os fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana somando 73,6% da população, enquanto os evangélicos eram 15,4%. O Pew destaca que os 6,8% percentuais representou, em número de pessoas, um salto de 26,2 milhões de evangélicos para 42 milhões, formado em sua maioria por pentecostais (60%), seguidos de protestantes missionários (18,5%) e 21,8% de tradições diversas, incluindo os neopentecostais.
Evangélicos no Brasil
Em 2010, o IBGE registrou um significativo aumento de evangélicos, com relação ao Censo de 2000, com 60% de aumento do número de pessoas filiadas às denominações evangélicas. O salto foi de 15,4% para 22,21%, contra 64,6% de católicos.A maior percentagem de católicos no Brasil, por estado, está no Piauí, com 85,1%, enquanto a maior concentração percentual de evangélicos está em Rondônia, com 33,8% da população local.
Segundo o Instituto de Pesquisa DataFolha, Três em cada dez (29%) brasileiros com 16 anos ou mais atualmente são evangélicos, dividindo-se entre aqueles que podem ser classificados como evangélicos pentecostais (22%), em maior número e frequentadores de igrejas como Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus, Congregação Cristã e Quadrangular do Reino de Deus, e 7%, como evangélicos não pentecostais, pertencentes a igrejas como Batista, Presbiteriana e Metodista, entre outras. Esse segmento evangélico fica abaixo do formado por católicos (50%), e ainda há 14% sem religião, 2% de espíritas, kardecistas e espiritualistas, 1% de umbandistas, 1% de praticantes do candomblé, 1% de ateus e 2% de outras religiões.
Projeções
Em 2050 o mundo terá quase tantos muçulmanos quanto cristãos no mundo e o número de pessoas sem religião diminuirá, indica um estudo americano. Em “O futuro das religiões no mundo: projeções 2010-2050”, o Pew Research Center afirma que, se as tendências atuais continuarem, até 2050 “o número de muçulmanos igualará quase o de cristãos”, mas este último continuará sendo o maior grupo religioso do mundo.
O documento, no qual são estudadas projeções que se baseiam principalmente na taxa de fertilidade, na idade da população, nas migrações e nas tendências de conversão, indica que o número de muçulmanos no mundo alcançará 2,76 bilhões (1,6 bilhão em 2010) em 2050, enquanto no mesmo ano haverá 2,92 bilhões de cristãos (2,17 bilhões em 2010).
Assim, os cristãos continuarão sendo mais numerosos, com uma proporção estável de 31,4%, e os muçulmanos constituirão 29,7% da população mundial, contra 23,2% em 2010. Nas próximas quatro décadas, o Islã “crescerá mais rápido que qualquer outra religião”, afirma o documento, com um aumento – graças a uma população jovem e a uma taxa de fertilidade alta – de 75% com base em uma progressão de 35% da população mundial.
No entanto, o Pew afirma que estas projeções se baseiam em números em mudança constante. Vários eventos, como guerras, movimentos sociais e políticos, catástrofes naturais ou alterações nas condições econômicas “podem modificar as tendências demográficas de forma imprevisível”, afirma o instituto.