A Igreja Católica de Cuiabá celebrou o terceiro ano de falecimento do seu arcebispo emérito, dom Bonifácio Piccinini, no dia 24.11, às 9h, na Catedral Basílica Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Dom Bonifácio faleceu aos 91 anos, após uma internação hospitalar. Ele foi um dos principais líderes da Igreja Católica em Mato Grosso, tendo atuado como arcebispo da capital por 23 anos.
Dom Bonifácio nasceu em Luiz Alves, Santa Catarina, em 13 de maio de 1929. Ingressou na Congregação Salesiana aos 12 anos e foi ordenado sacerdote em 1960, em Turim, na Itália. Em 1975, foi nomeado arcebispo-coadjutor de Cuiabá, com direito à sucessão, pelo papa Paulo VI. Em 1981, assumiu a arquidiocese, sucedendo a dom Orlando Chaves, também salesiano.
“Durante o seu episcopado, dom Bonifácio se destacou pela sua dedicação pastoral, simplicidade, proximidade com o povo, defesa dos direitos humanos, promoção da educação e da cultura, e pela valorização das tradições e da religiosidade popular”, destacou o vigário geral e cura da catedral metropolitana, padre Deusdedit.
O arcebispo foi aberto ao diálogo ecumênico e inter-religioso, atuou no fortalecimento da vida social e política, colaborando com as demais comunidades eclesiais da capital, principalmente nas ações da Campanha da Fraternidade, e foi zeloso ao dar importância às necessidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em 2004, por motivo de idade, conforme prevê o Código de Direito Canônico da Igreja Católica, dom Bonifácio renunciou ao governo da arquidiocese. Ele foi sucedido por dom Milton Antônio dos Santos, outro salesiano.
Padre Felisberto, que morou com dom Bonifácio e cuidou dele até seus últimos dias de vida, relatou que: “dom Bonifácio era firme em suas posições. Determinado, humilde, e um revolucionário pastoral. O bispo que estava sempre presente nas comunidades e paróquias e que, apesar de rígido, era de um coração muito generoso”.
O velório de dom Bonifácio foi realizado na Catedral, durante a pandemia, e ele foi homenageado por autoridades civis e eclesiásticas, além de centenas de fiéis. A Missa de corpo presente foi presidida pelo arcebispo de Cuiabá, na época, dom Milton, e concelebrada por vários bispos e padres. O arcebispo está sepultado na cripta da Catedral, onde estão enterrados outros bispos e personalidades históricas de nosso estado.
Na semana passada, padres da arquidiocese de Cuiabá participaram de uma Missa de sufrágio pelas almas dos falecidos que estão sepultados na cripta da Catedral. Dom Mário Antônio da Silva, em sua homilia, falou sobre nosso compromisso de fé de rezar pelos mortos, e reforçou o pedido aos padres para a presença das comunidades na Missa do dia 28 de novembro, na Catedral.
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Com informações: Simone Guedes | Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Cuiabá