Com a inspiração bíblica do evangelho de Lucas 8,1 “Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova de Reino de Deus” deu-se início na noite desta sexta feira (11/11) a 3ª Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga realizada na Casa de Encontro em Fátima de São Lourenço.
A abertura da 3ª ADP constou momento orante com Rito da Luz com oração ao Espírito Santo, salmo entoado e proclamação da Palavra de Deus. Após oração do Pai Nosso e benção sobre a assembleia. Em seguida, Maria Aparecida e Pe. Jhonatha conduziram a apresentação dos participantes por Forania e por Paróquias; também Pe. Bill fez a distribuição das tarefas e comunicou a programação.
Dom Juventino em sua palavra de abertura dedicou a assembleia aos Refugiados da Síria, comentou que em suas orações pessoais para a preparação desta assembleia era forte o desejo que fazer memória às pessoas que vivem todos os tipos de sofrimentos. Compartilhou seus sentimentos e projetou imagens marcantes do cotidiano das pessoas que sofrem e que, mesmo no sofrimento ainda são capazes de olhar com esperança um futuro melhor. E indagou: “O que nos trouxe aqui? O que trouxemos no coração e queremos partilhar? Deus está no meio de nós e por isso queremos nos acolher como irmãos. Estamos aqui para ver a realidade do mundo, do nosso país, da diocese, de cada paróquia e acima de tudo de cada pessoa”. E ainda continuou, “queremos ver as dores, mas também as alegrias, os sonhos, para sermos igreja missionária, solidária, acolhedora, porta aberta, igreja de saída”.
O bispo explicou que ao pensar o novo Plano Diocesano de Pastoral é necessária uma linguagem unificada, ou seja, comum e única nas diferentes realidades, “Não vamos iniciar um novo plano, mas a partir dos Planos atuais das antigas Dioceses de Rondonópolis e de Guiratinga refazer, avançar, adaptar, reformular com nova linguagem e estar atentos às mudanças sócio econômicas, culturais e religiosas que nossa região passa”. Dom Juventino citou as referencias que nortearam o novo plano, como: a Palavra de Deus, a realidade, as Exortações Apostólicas do Papa Francisco, as Diretrizes Pastorais da CNBB, do Regional Oeste 2 e o documento aprovado pela 54ª Assembleia dos bispos em 2016 que trata sobre os leigos. Também ressaltou as indicações fundantes, irrenunciáveis e não opcional, como: Jesus Cristo, a Palavra de Deus, a comunidade, as pessoas, o diálogo ecumênico, fortalecimento das foranias e presença social e caritativa da igreja.
Em suas palavras Dom Juventino comentou que “os cristãos leigos são convidados a viver a espiritualidade de comunhão e missão. Comunidade missionária, a Igreja está voltada ao mesmo tempo para dentro e para fora. É a espiritualidade do encontro, do diálogo, da saída de si e da superação da exclusão, da escravidão, da dominação”. Ainda lembrou-se da afirmação do Papa sobre uma forma de ‘mundanismo espiritual’ que consiste em ‘só confiar nas próprias forças e se sentir superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a certo estilo católico, próprio do passado’.
“Nesta assembleia não podemos deixar de perceber as mudanças internas que acontecem em nossa diocese. Há modelos diferentes, compreensões e práticas diferentes. De um lado a compreensão da unidade entre fé e vida, a missão da Igreja no mundo, mas por outro lado, há um modelos silenciado, com certa tendência de separar a vida da fé, do mundo, das realidades com volta ao passado nas vestimentas litúrgicas, nas praticas de cada dia, com certa exuberância de carisma. Uma pastoral, um movimento, uma associação não são células autônomas como os evangélicos, mas sim Igreja de comunhão. Servir não é dominar e nem criar subalternos […]” comentou o bispo.
Dom Juventino finalizou sua reflexão dizendo que o caminho da Igreja não é condenar ninguém; mas de derramar misericórdia de Deus sobre todas as pessoas que a pedem de coração sincero; o caminho da Igreja é precisamente sair do próprio recinto para ir à procura dos afastados nas ‘periferias’ da existência; adaptar integralmente a lógica de Deus; seguir o Mestre. “Nesta assembleia vamos viver a alegria de estarmos juntos, de assumir o desafio de planejar para melhor servir o povo” e ainda enfatizou o pensamento do Papa “Mas não percam a graça de deixar Deus ser Deus e não querer mandar em Deus…Vocês são dispensadores da graça de Deus e não controladores!”
Pe. João Henrique fez a síntese dos questionários preparatórios enviados para as Foranias e Paróquias e, durante toda a assembleia haverá exposição pastoral que conta com diversos estandes das paróquias e movimentos compartilhando suas experiências através de mídias impressas e audiovisuais.
Para este sábado está previsto Celebração Eucarística; assessorias com temas da atualidade e muito trabalho em grupo; realização de plenárias ; noite cultural e confraternização. Já a programação para o domingo está previsto Celebração Eucarística; reflexão sobre a Pastoral de Conjunto conduzida pelo Pe. Gunther; apresentação das conclusões em plenário; votação das indicações; aprovação do tema para o subsídio para Grupos e Família; avaliação por grupos; e o Dom Juventino encerrará a assembleia com celebração e rito do envio.
São 130 lideranças que tem como objetivo nesta assembleia avaliar a caminhada pastoral dos últimos quatro anos; planejamento do XVI Plano Diocesano de Pastoral e planejamento das ações para 2017. Para contribuir na construção, a assembleia conta com a assessoria do Pe. Manoel de Godoy, vindo de Belo Horizonte.
Que o Sagrado Coração de Jesus, Patrono da nossa Diocese derrame abundantes graças sobre este povo que deseja ardentemente ser missionários em saída.
Pastoral da Comunicação (PASCOM)
Diocese de Rondonópolis-Guiratinga