A Igreja celebra nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, a memória de Nossa Senhora de Lourdes. Foi nesta data, há 162 anos, que Nossa Senhora Apareceu pela primeira vez na gruta de Massabielle, em Lourdes, na França, à jovem Bernadete. Aqui no Brasil, a diocese de Apucarana (PR) celebra a padroeira e titular da Igreja particular de forma solene. O bispo diocesano, dom Carlos José de Oliveira, recorda que Nossa de Lourdes “está pronta a nos consolar, fortalecer e levar nossas necessidades ao Filho, para que Ele transforme a nossa água da desesperança em vinho de fé e de confiança”.
A reflexão de dom Carlos José foi divulgada nesta quinta-feira à comunidade diocesana e transmite uma mensagem de esperança, ao reforçar que “toda a Diocese está sob o cuidado, sob o olhar amoroso e sob a proteção da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa”. Ela, continua o bispo, “a intercessora, medianeira, dispensadora de graças, advogada em todas as horas de aflição, cuida com carinho materno de todos os filhos diocesanos. Aquela que ao ver que faltava vinho nas bodas de Caná intercedeu pelos noivos, também hoje, ao ouvir nossas súplicas, intercede junto a Jesus por nós”.
Na certeza da intercessão de Maria junto a seu filho Jesus, como recorda o Evangelho de João proclamado solenemente na diocese neste dia, dom Carlos José recorda que, ao aparecer em Lourdes, “Nossa Senhora se faz anúncio do amor misericordioso do Pai pelos filhos, que, através Dela, nos alerta sobre a necessidade urgente de oração e conversão”.
“Também hoje, aqui, nesse tempo tão difícil de perdas, incertezas, medo e dificuldades gerados pela pandemia, é urgente que tomemos posse das graças contidas nas santas mãos de Nossa Senhora de Lourdes, cujo Coração Imaculado está voltado para nós, nossas necessidades, dores e sofrimentos. Ela, a nossa Mãezinha, está pronta a nos consolar, fortalecer e levar nossas necessidades ao Filho, para que Ele transforme a nossa água da desesperança em vinho de fé e de confiança”, escreveu o bispo.
A “Mãe Consoladora” chama seus filhos a fazerem de seus corações uma gruta, como a de Massabielle, “onde possa brotar rios de águas puras, para que o Espirito Santo faça, também em nós, maravilhas de conversão, de anúncio do amor de Deus e de fidelidade ao chamado missionário”, ressalta dom Carlos José aos diocesanos animando para a missão de “falar de Deus aos homens, para que todos conheçam e encontrem Jesus dentro de si mesmos, pois, batizados, Ele habita em nós”.
Nossa Senhora é o caminho que nos leva a Jesus; o consolo que acalma nossa aflição; o porto seguro em nosso difícil caminhar; o colo que aquece quando o frio do desânimo envolve nosso corpo, é a alegria do reencontro com Jesus, que habitou seu ventre santo e deseja habitar nosso coração, através Dela. É para nós, Família Missionária Diocesana, que nossa Senhora de Lourdes diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Dentro da programação da diocese, foi realizada no dia 6 de fevereiro, a II Romaria Diocesana, na Catedral Nossa Senhora de Lourdes, em Apucarana. Diferente do ano passado, os fiéis não se reuniram em procissão e participaram da celebração na catedral, ornamentada com 300 orquídeas, representantes das paróquias, os padres da diocese e autoridades do município.
A história da aparição de Nossa Senhora em Lourdes
Em 1858, a jovem Bernadete, acompanhada por sua irmã e uma amiga, estava em Massabielle para recolher lenha, quando, tirando suas meias para atravessar o riacho e entrar na gruta, ouviu um barulho como uma rajada de vento, levantou a cabeça em direção à gruta e viu “uma senhora vestida de branco” que “usava um vestido branco, um véu branco, um cinto azul e uma rosa amarela em cada pé”.
A pequena camponesa fez o sinal da cruz e recitou o Terço com a Senhora. Depois, uma vez terminada a oração, a Senhora desapareceu de repente. Seguiram-se mais 17 aparições, até o dia 16 de julho de 1858.
“Eu sou a Imaculada Conceição”
Na aparição do dia 25 de março, Nossa Senhora revelou-se como a Imaculada Conceição, confirmando o dogma proclamado pela Igreja em 1854. “Eu sou a Imaculada Conceição”, disse Nossa Senhora a Bernadete. Relatos contextualizam que poucas pessoas tinham conhecimento do dogma proclamado fora do clero. Dessa forma, havia o questionamento, na ocasião, de como uma jovem semianalfabeta, tão humilde, poderia falar a respeito do dogma proclamado anos antes. Aí perceberam a intervenção divina que se confirmou também com os inúmeros milagres e curas que se sucederam a partir das águas que brotaram da gruta.
Atualmente, Lourdes é um dos centros de peregrinações mais conhecidos do mundo e considerado o centro de peregrinação com mais curas e milagres reconhecidos pela Igreja.
Com informações e fotos da diocese de Apucarana