Cumplicidade talvez essa seja a palavra mais adequada para descrever a relação de avós e netos que traz uma série de benefícios para todos os envolvidos. O dia 26 de julho é dia de celebrar a vida dos avós e a memória de São Joaquim e Sant´Ana, pais de Maria, avós de Jesus.
De acordo com a tradição cristã, os Santos são lembrados por terem educado Maria no caminho da fé, alimentando seu amor pelo Criador e preparando-a para sua missão. Essa formação, influenciou profundamente na educação de Jesus.
A devoção a Sant’Ana chegou ao Brasil trazida pelos portugueses. Ana é a imagem da mãe educadora e da avó que ensina os netos. Entretanto, na velhice os papeis muitas vezes se invertem. Os netos acabam cuidados dos seus avós. Mesmo assim, na condição de idosos não deixam de ensinar, repassar aos mais jovens aquilo que aprenderam com a vida, pois carregam consigo uma coisa chamada ‘experiência de vida’.
De acordo com o arcebispo de Curitiba e referencial da Pastoral da Pessoa Idosa, dom José Antônio Peruzzo, o melhor dos aprendizados é aquele que contempla intensamente a dimensão afetiva das relações de encontro e de comunhão. Eis aí o lugar dos avós para os netos. Segundo ele, nos dias atuais é muito comum que pai e mãe trabalhem fora. A presença dos avós se torna mais ativa.
“O benefício é recíproco. Para eles renovam-se as vitalidades e os afetos. Para os netos a presença do Vô e da Vó lhes infunde um senso de largueza das relações familiares. Ao mesmo tempo percebem, desde a infância, a realidade da fragilidade, o que lhes favorece a superação de preconceitos, o sentido de solidariedade, além do valor da partilha, ressalta.
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