Às vésperas das eleições gerais, o Brasil celebra nesta sexta-feira, 7 de setembro, o 196º Dia da Independência. Esta é uma ocasião especial para manifestar o amor à pátria, apesar das polarizações e incertezas em relação ao futuro que o contexto atual sugere. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, comenta a conjuntura considerando as motivações para este Dia da Pátria.
“Nascemos no Brasil. Aqui é nossa casa, nosso chão, nossa pátria. Aqui nos tornamos profissionais da vida e aqui podemos maturar a nossa existência. O momento difícil que vivemos não pode nos tirar o amor pela pátria. O contrário: o amor pela pátria nos desperta para necessidade de mudanças profundas nas relações sociais, na política, na gestão da coisa pública”, afirma dom Leonardo.
Neste sentido, dom Leonardo propõe alguns convites:
“Superar a quase impossibilidade de convivência, de diálogo. Como cristãos somos pessoas de esperança e cremos sempre a conversão da pessoa humana”.
“Reafirmar nosso compromisso com um Brasil mais justo, solidário, fraterno”.
“Superar uma política de barganha, de grupos e bancadas”.
“Votar em homens e mulheres que pensam nos brasileiros e brasileiras, que ajudem a superar a violência, que estejam dispostos a exercer o mandato pelos princípios da ética, e não se deixem pautar pelo mercado”.
Ocasião privilegiada para pensar no voto é o Debate de Aparecida, promovido pela CNBB e organizado pelo Santuário Nacional de Aparecida. Marcado para o dia 20 de setembro, às 21h30, será transmitido por emissoras de TV e rádio de inspiração católica, além de portais na internet.
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, ao propor e organizar um debate com os presidenciáveis, deseja dar sua contribuição para sairmos do atoleiro ético, político, social e econômico em que nos encontramos. Os candidatos têm a oportunidade de apresentar o programa de governo que desejam implementar para o bem do Brasil. Mas também se eles governarão dentro princípios da ética, da dignidade e do direito das pessoas”, explica dom Leonardo.
O secretário-geral da CNBB lamenta, no entanto, que só será possível, nestes moldes, o debate com os candidatos à Presidência da República. “Seria importante que os brasileiros pudessem ouvir e ver um debate com aqueles e aquelas que deverão compor o Senado, a Câmara Federal e as Câmaras Estaduais e a Câmara Distrital”, sublinha.