Está acontecendo, em Aparecida, o 16o Encontro Nacional de Presbíteros, que tem como tema: Presbíteros no Brasil: a alegria no anúncio do Evangelho e como lema: “eis que faço nova todas as coisas. O encontro teve início no dia 19 e se encerrará no dia 25 de abril. Estão participando 564 participantes, sendo que destes 537 são padres de 226 dioceses do Brasil e 16 Bispos referenciais, presidente e vice presidente da CNBB e o Cardeal de São Paulo. Do nosso Regional Oeste 2 (Mato Grosso) estão participando 12 Presbíteros e o Bispo de Primavera do Leste/Paranatinga Dom Dereck. Entre os Presbíteros estão participando dois da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga (Pe. Aladim e Padre Sérgio); três da Diocese de Cáceres (Pe. Evandro, Pe. José da Silva e Pe. Marcílio); dois da Diocese de Primavera do Leste-Paranatinga (Pe. Divino e Pe. José); dois da Arquidiocese de Cuiabá (Pe. José Pereira e Pe. Antônio Edseu); dois da Prelazia de São Felix do Araguaia (Pe. José Saraiva e Pe. André); um da diocese de Barra do Garças (Pe. Cristiano).
Juntos estamos rezando, estudando, refletindo, convivendo e elegemos a nova presidência da CNP. Nosso encontro foi assessorado por Frei Luiz Carlos Susin e pelo Pe. Manoel José de Godoy. Contamos também com a presença e a reflexão de Dom Jorge Carlos Patrón Wong, Arcebispo Emérito de Papantla, Secretário para os Seminários da Congregação para o Clero e de Dom Frei Luiz Flávio Cappio. A grande moldura deste encontro é a Alegria no anúncio do Evangelho.
“O ministério ordenado tem uma radical, forma comunitária e pode apenas ser assumido como obra coletiva” (PDV 17). Percebemos, assim, o quanto se faz urgente uma fecunda Pastoral Presbiteral, como cultura necessária para fazer frente às tendências do isolacionismo e individualismo. Vimos que as duas expressões – Pastoral Presbiteral e Formação Permanente – podem ser intercambiadas, desde que as compreendamos como um processo crescente de conhecimento, interesse e envolvimento pessoal do presbítero. Como se trata de Formação Permanente, ela dura a vida toda, até que se atinja os mesmos sentimentos de Cristo Jesus (Fl 2,5). O grande desafio é fazer da Formação Permanente uma cultura própria das Igrejas Particulares; algo que faça parte de nossas vidas, iniciado no dia de nossa ordenação presbiteral e que vai se intensificando ao longo da vida.
“A Alegria do Evangellho enche o coração e a vida interia daqueles que se encontram com Jesus” (EG 1). Ser presbítero do Alegre anúncio do Evangelho torna-se na atualidade um grande desafio, sobretuto, lá onde as trevas tendem a ofuscar a luz. Usando a imagem de João Batista, Dom Patrón aplicou a definição do profeta, como amigo do esposo à vida apóstolica do presbítero: “O amigo do noivo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria, quando ouve a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela ficou completa” (Jo 3, 29-30). Alegria que não se limita a algo subjetivo, mas uma atitude de vida que envolve todo o ministério do presbítero. Desde o seu nascimento, João Batista foi um sinal de Alegria e esperança. Suas palavras são uma convocação para que também o presbítero seja sinal de Alegria e esperança na vida das pessoas. Ele é chamado a tornar-se próximo dos pequenos e pobres, das “resíduos e sobras” (EG 53), defendendo a vida em todas as suas formas, sendo sinal da misericórdia de Deus. Assim, por meio de uma vida pautada pelo evangelho, o presbítero é um acontecimento de Alegria, uma graça e um sinal das coisas novas na vida daqueles que o Senhor o confiou. Esta Alegria do presbítero nasce de sua amizade e intimidade com Cristo e da certeza inabalável de ser alguém amado por Ele. De modo que a sua vida e seu ministério expresse a Alegria do coração do próprio Deus, sendo capaz de atrair, entusiasmar e encher de luz a vida de muitas pessoas.
Fomos exortados a ser profetas missionários no tempo e no espaço em que vivemos. Como tal, somos chamados a fazer resplandecer a luz de Deus nesse mundo, testemunhando o amor de Deus com a vida. O profeta missionário caminha para a superação de todo clericalismo, comodismo e carreirismo; ele se abre à pastoral de conjunto, às novas iniciativas eclesiais, ao amor para com os leigos, consagrados e ministros ordenados, amando-os e deixando-se amar.
Pe. Evandro Stefanello
Comissão Regional de Presbíteros