Ao amanhecer do dia 07 de dezembro/2016, apósterem verificado que a Ir. Maria José de Santana não havia descido para a Oração Matinal de Laudes na Capela do Instituto Missionário, as Irmãs Discípulas da Fraternidade de Diamantino foram ao seu quarto verificar o que havia acontecido e se precisava de alguma coisa.
Depois de chamarem e não terem resposta, abriram a porta e encontraram a Irmã caída ao chão e desacordada. Imediatamente a levaram para o Pronto Atendimento de Diamantino, onde prestaram todos os socorros e fizeram o que estava ao alcance, mas a Irmã continuava sem respostas aos estímulos.
Imediatamente decidiu-se levá-la para Cuiabá. Assim foi feito e, pela metade do dia foi transportada e internada na UTI do Hospital São Mateus, na Capital. Ali permaneceu, sob os cuidados e empenhos médicos por 19 dias, sem progresso no quadro. No dia 26, às 7,05h da manhã, Irmã Maria teve falência múltipla dos órgãos, causada por Tromboembolismo Pulmonar, sendo decretada a sua morte.
Seguiu-se o translado do corpo para análise pelo IML, a fim de se chegar ao máximo possível da verdadeacerca da causa mortis. Segundo avaliação dos médicos que a acompanharam durante os dias de internação, considerando os exames feitos e especialmente o parecer da médica perita do IML, a Irmã deve ter tido um mal súbito naquela noite – do qual se desconhece a causa, mas com sintomas acusados por ela mesma no dias precedentes como: cefaleia, náusea, dores nas articulações, tontura, … (que à princípio achávamos que fosse devido a dosagens altas de medicamentos que tomava para cistite na bexiga e tireóide, mas que depois das averiguações se tornou improvável).
Lógica descrita pelos médicos e à partir dos sinais exteriores do ambiente: passou mal, levantou pra pedir socorro, teve tontura, caiu (com sinal identificado de pancada na cabeça pela queda), e desacordada provocou uma Broncoaspiração. Com o tempo prolongado (foram horas a fio) nesse estado, faltando oxigenação no cérebro, desenvolveu uma Isquemia cerebral, desencadeando no grave comprometimento da vida dos Neurônios e de toda a região Encefálica.
Consequentemente, depois de tantas horas, com oxigenação diminuída no cérebro, os órgãos vitais também começaram a sofrer e serem judiados, a ponto de, no final daquela manhã, sofrer uma forte Parada Cardíaca, com muita dificuldade para ser reanimada. Com tudo isso o quadro foi sempre mais se agravando e se tornando irreversível.
Foram dias de muita dor para todos nós, especialmente para as Irmãs Discípulas e para os familiares da Ir Maria. Momentos de muita tensão e extremamente dolorosos.
Contudo, também queremos agradecer, pois houve muita solidariedade, proximidade e orações de muita gente querida e amiga. Vivemos uma experiência muito forte e bonita de comunhão, sensibilidade e atitudes de misericórdia. A todos os que estiveram conosco de alguma forma – famílias amigas das nossas comunidades, amigos de longe, familiares das Irmãs, nossas Formandas, Religiosas de outras Congregações, Seminaristas, Padres mais próximos, profissionais da saúde que atenderam a Irmã em algum momento de toda essa Via Crucis, e especialmente nosso bispo Dom Vital Chitolina, fazemos aqui a oferta do nosso coração dilacerado pela dor e envolvido pelo luto, mas cheio de gratidão e reconhecimento que se transformam em súplica a Deus para que recompense com Bênçãos a cada um.
Continuemos rezando pelo Descanso Eterno da nossa “santinha” e pela consolação de sua família – especialmente de seus pais já idosos – e da nossa Companhia.
Pe Reinaldo Braga Junior