AGIR: Regional Oeste II se reúne para definir as linhas de ações motivadas pelo 14º Intereclesial
Depois da grande alegria vivida pelos mato-grossenses pela escolha de Rondonópolis para o 15º Intereclesial, a manhã do último dia de Intereclesial, 27 de janeiro, foi momento forte de avaliação, articulação e definição de metas de trabalho para o Regional, e, consequentemente todas as suas dioceses. Os delegados agora têm a missão de levar essas discussões e pontuações para suas realidades e estabelecer formas de torná-las reais nas suas vivências diárias.
Dom Juventino Kestering, bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, fez uso da palavra dentro da perspectiva que o encontro chamou atenção no que tange a esperança, a igreja em saída e na própria condição de contínua caminhada da igreja. Trouxe a sabedoria da cultura africana uma orientação carregada de conexão com o momento do Intereclesial: “É na grande alegria e na grande tristeza que o ser humano se encontra”.
Essa fala vem de encontro com o cenário que as CEBs proporcionaram em relação à política e a atual conjuntura desprovida de muitos dos valores necessários para sua boa vivência, e, essencialmente a falta de discernimento no processo de atuação dos cristãos e cristãs.
O bispo ainda destacou que muitas vezes é necessário passar pelos “desertos” e encontrar caminhos para superar as dificuldades e limitações que temos na caminhada. E, nesse sentido, as dioceses componentes do Regional, além de fazer a avaliação do encontro, responderam duas questões:
Como encaminhar a luta pelo direito à cidade na sua região?
Como fortalecer a organização das CEBs no Regional?
No resultado geral das discussões, obteve-se:
– Acerca dos direitos à cidade e a luta pelos mesmos, os grupos discutiram, entres outras proposições, a inserção dos membros das comunidades nos conselhos municipais, de classes, sindicatos, associações e demais espaços públicos; Criação e fortalecimento das escolas de Fé e Política e grupos de acompanhamentos ao legislativo e a realização efetiva do estudo da Campanha da Fraternidade 2018;
– Quanto a questão do fortalecimento do regional das CEBs, foram estabelecidas as seguintes prioridades: Formação de equipes paroquiais de CEBs; Busca permanente de parcerias e estreitamento dos laços com as entidades sociais religiosas (CPT, CIMI, CRP, Economia Solidária, etc.); e, por fim, fomento a formação nas bases (CF, Natal em família, grupos de reflexão\círculos bíblicos, fé e política).
– Quanto a avaliação do 14º Intereclesial, pontou-se, como pontos positivos: a acolhida das famílias, a presença do clero até o fim das discussões, a metodologia, as miniplenárias foram muito bem trabalhadas, o transporte, a assessoria e o conteúdo e também a valorização dos leigos. Quanto aos aspectos a serem melhorados: climatização do local da grande plenária, falhas na comunicação interna, as feiras abertas durante os trabalhos e as assessorias facilitando a dispersão, e que os delegados precisam ser mais objetivos nas discussões.