Cuiabá (MT) agora tem um núcleo da “Rede Um Grito pela Vida”, cujo objetivo é enfrentar e acabar com o tráfico humano. O despertar da iniciativa ocorreu neste domingo (23), e coincide com o Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas e a chegada da primavera. Bons sinais!
A criação do núcleo foi uma das decisões tomadas durante um encontro de formação sobre a rede promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), na Inspetoria Nossa Senhora da Paz, das Filhas de Maria Auxiliadora/Irmãs Salesianas, entre os dias 21 e 23. (Confira galeria de fotos ao final da matéria)
Houve apresentação da situação no país e no mundo, trabalho em grupo, debate e proposições. Destaque para a transmissão do filme “Anjos do sol”, que mostra a dura realidade do tráfico de crianças e adolescentes, e a cartilha “O sumiço de Carolina”, pelo caráter didático.
Onde mais acontece tráfico de pessoas em Mato Grosso é na fronteira internacional (com a Bolívia) e divisas estaduais (com Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins)
Um grande esforço deve ser feito, pois o tráfico humano afeta mais de 20 milhões de pessoas no mundo. Cerca de 75% das vítimas são mulheres e meninas para exploração sexual. Trata-se de um negócio nefasto, que gera 32 bilhões de dólares por ano (em torno de R$ 130 bilhões). Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Esse tipo de violência é a escravidão do século XXI. Sequestra a dignidade da pessoa, deixa marcas no corpo e na alma. Um crime hediondo”, comenta Roselei Bertoldo, 50 anos. Ela contribui com a articulação da rede da região Norte e foi uma das formadoras do encontro em Cuiabá.
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