A situação de milhares de pessoas no Brasil que vivem em situação de vulnerabilidade social, neste tempo de pandemia, tem sido mais difícil do que em tempos normais. Sem garantia de direitos, a população em situação de rua, os encarcerados, os migrantes e refugiados, os desempregados e as comunidades de periferias que necessitam de alimentação e produtos de higiene estão sem o básico do básico.
Diante dessa realidade, as pastorais sociais vinculadas à Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiram uma carta de apoio diante desse momento em que o país está vivendo e chamam a atenção para a situação dos mais vulneráveis.
“O momento de crise pandêmica e política, os sentimentos de medo e incertezas nos assolam em meio ao evento ápice da fé cristã – tríduo pascal – sofrimento, morte e ressurreição de Jesus. E Jesus nos alerta: “se alguém me ama, guardará minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos a Ele e Nele faremos morada” (Jo 14, 23). As pastorais sociais são expressão máxima desse amor transbordado na cruz”, ressalta o documento.
A carta destaca ainda o trabalho de solidariedade dos religiosos, movimentos sociais, ONGs, voluntários e doadores que ajudam nesse momento a muitas pessoas sobreviverem.
“Na certeza de que devemos seguir cuidando uns dos/as outros/as, da nossa espiritualidade, sem perder a ternura e a firmeza que tempos difíceis exigem. Ações estratégicas e cuidadosas perpassam cada realidade de acordo a necessidade. Como nunca, precisamos fortalecer as ações conjuntas das pastorais sociais naquilo que for possível”.
O grupo finaliza o documento citando o poeta Henfil que diz: “nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”.
Leia a íntegra da carta: Carta das Pastorais Sociais e Parceiros
Foto de capa: SXC.hu