A Conferência Eclesial da Amazônia, organismo recentemente criado na América Latina é um sinal de proximidade às necessidades da população, sobretudo os povos indígenas. Entrevista com Dom Neri José Tondello, bispo de Juína que participou da sua criação.
“A nova Conferência Eclesial da Amazônia é o resultado direto do recente Sínodo especial para a região da pan-amazônia realizado em outubro passado no Vaticano pela vontade do Papa Francisco”. Esta é a síntese de Dom Neri José Tondello, bispo da diocese de Juína, no norte do Mato Grosso, para definir o organismo sinodal criado na América Latina com o objetivo de dar “uma resposta apropriada ao grito dos pobres e da irmã Mãe Terra”, como destacaram os organizadores.
Magistério do Papa, uma bússola segura
“Junto com os estatutos – explica Dom Neri, que participou dos trabalhos de fundação – aprovamos também um documento de orientação, que contém referências ao magistério do Papa, como a exortação apostólica Evangelii Gaudium e a carta encíclica Laudato Sì e leva em conta todos os progressos que foram feitos, contando também com a 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano de Aparecida em 2007”. Uma bússola segura para orientar todas as atividades futuras.
A proximidade da Igreja
O nascimento dessa estrutura demonstra a proximidade da Igreja com os povos amazônicos. Dom Tondello reitera isto explicando que “são sobretudo os povos indígenas que precisam da proximidade da Igreja para resolver necessidades que se tornaram urgentes e às quais deve ser dada uma resposta em breve, baseada acima de tudo no amor”.
Continuidade com o Sínodo
A Conferência Eclesial da Amazônia também tem outro objetivo: “É o de colocar em ação as conclusões do Sínodo de outubro de 2019, que foi deliberadamente muito concreto. Pode-se dizer que a Conferência representa as exigências da realidade pan-americana e pode ser identificada como o órgão esperado no documento sinodal final. Organismo que também é mencionado na exortação apostólica pós-sinodal Querida Amazonia”. Para o Bispo Tondello, de fato, as conclusões do Sínodo devem ser colocadas em prática “para ser responsáveis pelo Evangelho e pelos povos da Amazônia, que trouxeram seu grito de ajuda precisamente ao coração do Sínodo”.
Fonte: Vatican News