Desde a reunião de novembro de 2016, os bispos que compõem o Consep da CNBB estão fazendo amplo debate sobre a atuação das mídias da Igreja e de inspiração católica que atuam no Brasil. O fruto dessa discussão foi se tornando, aos poucos, um texto que tem sido apresentado em vários encontros do conselho. Cada uma das 12 comissões episcopais pastorais da Conferências deu uma contribuição particular para o texto. Os últimos ajustes no material devem ser realizados até a reunião do Conselho Permanente no mês de outubro.
Dom Darci José Nicioli, presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação, apresentou o texto que reúne, na verdade, princípios já preconizados pela Conferência em vários documentos sobre diferentes áreas da evangelização tendo como ponto de convergência o propósito de colaborar com os comunicadores católicos no enfrentamento da desafiadora tarefa de evangelizar e de tratar os assuntos relacionados à fé e à Igreja com parâmetros seguros ancorados no ensinamento do Magistério e do conjunto do episcopado no Brasil.
O texto será submetido à análise dos presidentes dos 18 regionais da CNBB e dos outros membros do Conselho Permanente que deverão se reunir na última semana de outubro. Por parte do Consep tem se levantado questões bem concretas relacionadas ao modo como são observadas, nas mídias católicas, as regras litúrgicas no caso das transmissões da celebração eucarística e de outros atos e os reflexos da orientação da CNBB em várias áreas da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. Segundo dom Darci, “os bispos tem levado em consideração as mensagens que recebem por parte dos fiéis e das comunidades em relação ao trabalho das mídias católicas, tanto as que contém elogios relacionados ao excelente trabalho que fazem em muitos aspectos e seu indiscutível papel missionário como também as que trazem eventuais críticas e advertências“.
“O desejo da CNBB, manifestado em todo o processo de reflexão sobre esta questão, tem sido o de formatar orientações que sirvam de referência positiva e inspiradora para os comunicadores católicos. Não há, por nenhuma hipótese, a intenção de diminuir a importância do trabalho evangelizador realizado pelas mídias com críticas ou censuras, mas uma explícita determinação dos bispos em colaborar para que esse inestimável esforço dos comunicadores católicos seja um trabalho realizado sempre em profunda sintonia com os ensinamentos da Igreja e, em consequência disso, verdadeiramente católico“, esclarece dom Darci.