Comunicadores católicos da Amazônia Legal se reúnem em Manaus para curso de comunicação para a transformação social
A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-BRASIL) e a Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Catholic Relief Services (Entidade Católica dos Estados Unidos que presta ajuda humanitária) iniciou dia 20 de setembro e vai atéo dia 25 de setembro, o curso: “Comunicação para a transformação social”, em Manaus (AM).
Participam do curso cerca de 40 comunicadores da Amazônia Legal vindos dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Também estão presentes representantes dos estados Rio Grande do Sul: Rede Marista; São Paulo: Irmãs Paulinas; Brasília: Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Pontifícias Obras Missionárias (POM), Cáritas Arquiodicesana de Manaus e do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). As atividades estão sendo conduzidas pelo responsável pela comunicação da REPAM, Pedro Sánchez, de Quito-Equador.
O curso está organizado em dois módulos e busca encontrar respostas aos desafios da comunicação e como atuar no cuidado e defesa da Casa Comum, nosso planeta. Neste processo também se deseja construir comunhão, solidariedade, esperança e fortalecer atitudes e aptidões para uma comunicação democrática partindo dos valores humanos e cristãos. Por fim a proposta é consolidar lideranças comunitárias e processos participativos de transformação social e incidência pública.
Padre Raimundo Vanthuy Neto, diretor do Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES) na acolhida aos participantes, propôs dois horizontes para a comunicação da Repam-Brasil: anúncio e denúncia.
Anúncio da beleza e pluralidade das formas de viver, da beleza da vida, dos valores dos povos, da floresta, das águas, mas também de comunicar a denúncia; segundo o padre, é preciso gritar para o mundo como é grande o número de mortes na região, a destruição das florestas, dos rios, com os grandes projetos das hidrelétricas.
Padre Vanthuy, outra vez, provocou os participantes a pensar métodos e caminhos para a comunicação nas grandes cidades, sem ignorar a realidade própria do interior da Pan-Amazônia, onde por exemplo, não há internet. E, por fim, o religioso incentivou a olhar para os rios da Amazônia como modelo de uma rede interligada para uma comunicação efetiva: “Não podemos esquecer que os rios nascem nos igarapés e igapós. Que essa experiência, nestes dias, de dar-se as mãos e pensar uma comunicação conjunta, forme, se não rios, ao menos igarapés.