21/03/2017 Conselho Permanente da CNBB aprofunda reflexão sobre a realidade econômica brasileira Segundo economista, razões da crise passam por equívocos

Segundo economista, razões da crise passam por equívocos nas políticas monetária, cambial e fiscal por parte dos últimos governos

Convidado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), o economista Júlio Miragaya, fez uma exposição sobre as razões da atual crise econômica brasileira. Ele apontou para equívocos recentes nas políticas monetária, cambial e fiscal por parte dos últimos governos. As consequências desses equívocos, além de outras, comprometeram o desenvolvimento econômico atingindo a produção industrial e gerou alto desemprego.
Miragaya lembrou os remédios receitados pelo capital financeiro para superar a crise atual: ajuste fiscal e reformas. Algumas sugestões de medidas que poderiam ser adotadas, segundo o economista: mudar o modelo tributário; preservar os direitos sociais e as políticas públicas de valorização do trabalho; mudar a política macroeconômica; combater a concentração da renda e da riqueza. O economista fez algumas previsões econômicas para este ano de 2017.
Os bispos tiveram oportunidade de questionar o economista sobre alguns pontos da exposição feita. A palestra de Miragaya respondeu pela prática do Conselho Permanente da CNBB que, em suas reuniões ordinárias, sempre dedica espaço para a análise da conjuntura brasileira.