O mês de setembro se tornou referência para o estudo e a contemplação da Palavra de Deus, tornando-se em todo o Brasil, desde 1971, o Mês da Bíblia. Desde o Concílio Vaticano II, convocado em dezembro de 1961, pelo papa João XXIII, a Bíblia ocupou espaço privilegiado na família, nos círculos bíblicos, na catequese, nos grupos de reflexão, nas comunidades eclesiais.
Este ano, 2019, a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia, em sintonia com a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dando continuidade ao ciclo do tema “Para que n’Ele nossos povos tenham vida”, propondo o estudo da Primeira Carta de João com destaque para o lema “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19).
“Na realidade ainda não tinha sido contemplado este escrito, então se o objetivo do Mês da Bíblia é favorecer o conhecimento da Sagrada Escritura, era hora de colocar ante os olhos da nossa gente, do nosso povo também esse escrito tão bonito”, salientou o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo.
Dom Peruzzo explica que o texto foi redigido para uma comunidade mergulhada em muitas incertezas e interrogações. “Naquela época, eles se questionavam se eram mesmos amados por Deus e por Jesus Cristo, se eram eleitos. Havia muitas hostilidades no mundo circunstante, hostilidade aos cristãos e também tensões internas, então o texto foi escrito para dar respostas”, salienta o bispo.
Essas respostas, segundo dom Peruzzo, afirmam que somos sim amados por Deus e por Jesus Cristo. “Sempre perceberemos este amor se de fato crermos que Ele, Jesus Cristo é filho de Deus e participou de nossas histórias. Se o acolhermos como ele foi revelado, como ele se apresentou e se entre nós vive a fraternidade e o amor, daí a ênfase na fraternidade, no perdão, no convívio salutar, tudo por causa de Deus e quem o revelou: Jesus Cristo”, aponta.
Ainda de acordo com dom Peruzzo convencionou-se que o Mês da Bíblia fosse comemorado em setembro, e na ocasião, a Igreja sempre propõe um livro para ser estudado, como é o caso do deste ano. “A proposta é que ao longo do tempo e a cada ano conhecendo, estudando, orando, lendo cada vez um destes livros, o discipulado tenha crescido a familiaridade com a Palavra”, finaliza o bispo.
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