“Calem-se as armas”, pediu o Papa Francisco no Ângelus deste domingo, 27 de fevereiro, ao recordar a guerra na Ucrânia. Diante de uma Praça São Pedro com várias bandeiras com as cores do país do Leste Europeu, Francisco renovou o convite para viver, no dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, um dia de oração e jejum pela paz: “um dia para estar perto dos sofrimentos do povo ucraniano, sentir que somos todos irmãos e implorar a Deus pelo fim da guerra”.
O convite de Francisco é para não deixar de orar, e, ainda mais, implorar a Deus com maior intensidade. O pontífice ainda chamou atenção para alguns aspectos no contexto dos conflitos bélicos:
“Quem faz a guerra esquece a humanidade. Não parte do povo, não olha para a vida concreta do povo, mas põe os interesses do partido e do poder acima de tudo. Confia na lógica diabólica e perversa das armas, que está mais distante da vontade de Deus. E se distancia das pessoas comuns, que querem a paz, e que em cada conflito são as verdadeiras vítimas que pagam com a própria pele as loucuras da guerra. Penso nos idosos, naqueles que buscam refúgio nestas horas, nas mães que fogem com seus filhos… São irmãos e irmãs para quem é urgente abrir corredores humanitários e que devem ser acolhidos”.
“Com o coração partido por tudo o que acontece na Ucrânia”, o Papa pediu para que não esqueçamos a guerra em outras partes do mundo, como Iêmen, Síria, Etiópia. “Repito: calem-se as armas! Deus está com os operadores da paz, não com aqueles que usam a violência”.
Parafraseando a Constituição italiana, salientou que “aqueles que amam a paz ‘repudiam a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolução de disputas internacionais’”.