De 20 de julho a 5 de agosto, os cerca de 35 partidos políticos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se movimentam para realizar as suas convenções para a escolha dos candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, deputado estadual ou distrital, conforme estabelece o calendário das Eleições Gerais 2018, em dezembro de 2017.
O grande número de partidos e candidatos que, inevitavelmente, levam à necessidade de fazer as “coligações” é classificado pelo bispo de Lages (SC) dom Guilherme Werlang e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Social Transformadora, como algo vergonhoso que produz um grande mal para o Brasil. Na avaliação dele, os partidos pequenos não têm ideologias claras e as legendas “nanicas” existem apenas para servir como moeda de troca a cargos.
Dom Guilherme avalia como pouco democrático o processo da escolha dos nomes que representarão os partidos na disputa eleitoral. Ele lembra que, na proposta de Reforma Política que a CNBB, junto a um grupo de 50 entidades brasileiras, apresentou há dois anos, levava-se em consideração exatamente a possibilidade de o povo brasileiro participar da escolha dos candidatos a serem candidatos, num processo a ser coordenado pela justiça eleitoral. “Enquanto os caciques, os donos dos partidos, fizerem as convenções, e lá dentro, impor seus interesses e os candidatos que desejam não vamos conseguir sair desta corrupção e descomando que existe no Brasil”, disse.
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