10/12/2018 “Precisamos tirar a Declaração Universal dos Direitos Humanos do papel”, diz dom Guilherme


Neste dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, o bispo de Lajes (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Guilherme Werlang considera que é necessário avançar em muitos pontos de que trata a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário e que completa 70 anos. Isto, segundo ele, se faz por meio de políticas públicas nacionais que garantam que os direitos possam ser aplicados na prática.

Em sua avaliação o direito a ter uma vida com dignidade, da concepção à morte natural, é um dos mais ameaçados em diferentes sociedades e no Brasil. “Nós precisamos, como humanidade, não só os que professam e praticam alguma fé, assegurar esse primeiro grande direito que é inviolável”.

Segundo dom Guilherme, a vida digna supõe nascer em uma família bem constituída e com estabilidade. “Precisamos, no Brasil, avançar muito para que a vida digna seja um direito de todos os brasileiros e brasileiras e não somente dos cerca de 10% que têm dinheiro, capital e condições de pagar para terem dignidade. A dignidade da vida é um direito que assiste a todos. Estamos muito aquém do que precisamos”, disse.

O direito à segurança alimentar também foi apontado por ele como um ponto em que o Brasil precisa avançar. “É muito diferente comer e alimentar-se. O ser humano, para alimentar-se, precisa ter acesso às vitaminas, proteínas, sais minerais. Esta é uma das questões nas quais mais o Brasil precisa avançar”, aponta.

Educação, saúde e lazer também são direitos aos quais o Brasil precisa avançar na oferta de qualidade. Segundo o bispo, o lazer é um grande direito negado à grande maioria do povo brasileiro porque ele é restrito a quem tem condições de pagar.

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