Nos dias 22 e 23 de setembro de 2018, aconteceu o Encontro Regional de Liturgia, no Centro Nova Evangelização (Cene), tendo como foco específico, canto litúrgico e música religiosa. O encontro foi assessorado pelo Irmão Fernando B. Vieira, SJ, assessor da música litúrgica da CNBB. O conteúdo abordado fez a comparação em ambos os casos destacando as devidas diferenças e cuidados que se deve ter no caso da liturgia. Fez também um breve histórico da música na história da Igreja enfatizando a diferença entre “cantar na liturgia” e “cantar a liturgia”. Esclareceu ainda sobre a música religiosa, música gospel, pentecostal e ritual expressando a finalidade, o conteúdo e a importância da participação da assembleia no canto litúrgico.
No contexto do trabalho, o assessor discorreu sobre cada cântico de se executa na celebração: os funcionais (entrada, oferendas e comunhão) e os rituais, que são as partes fixas do rito (Ato penitencial, hino de louvor, Santo, cordeiro), dando exemplo de melodias e como devem ser os textos dos mesmos. Explicou também que os cânticos que compõem o rito da missa não podem ser alterados nas suas letras; pois o rito, ou pode ser rezado ou cantado, mas quer num caso ou noutro deve-se respeitar o texto ritual.
O assessor aproveitou para esclarecer os critérios básicos para a escolha dos cânticos litúrgicos, classificando-os em cantos: processionais (entrada, evangeliário, oferendas e comunhão); cânticos de aclamações (Aleluia, santo, aclamação memorial, amém, vosso é o reino…); cantilações (Salmo, evangelho, prefácio: orações presidenciais); litanias (ato penitencial e Cordeiro de Deus). Durante a explanação foi possível dimensionar a forma correta de se executar os cânticos e o que deve ser evitado. Além da parte musical na liturgia, orientada pelo assessor nacional da música, houve também o acompanhamento do Pe. Jair Fante, assessor regional de Liturgia para as questões de ordem teológica e pastoral. Estes complementos e esclarecimentos foram fundamentais para a boa compreensão do universo litúrgico da Igreja.
Concluindo, percebemos que esta formação veio ao encontro das necessidades litúrgicas do regional Oeste 2 no tocante ao canto e à música litúrgica na paróquias e comunidades das dioceses, tendo em vista a profundidade dos temas e a metodologia aplicada. Participaram deste encontro de formação 56 pessoas advindas das oito dioceses do regional. Agradecemos a todos pela intensa participação e desejamos que as reflexões aqui propostas sejam enriquecidas e colocadas em prática no dia a dia das nossas comunidades para que o mistério Pascal de Cristo seja bem celebrado nas liturgias para a glorificação de Deus e a santificação dos seus filhos e filhas.