UNIFACC – MT

Histórico da Faculdade Católica de Mato Grosso

O SEDAC iniciou suas atividades em 1999. A necessidade de se criar um centro católico de educação superior encontrou sua justificativa primeiramente no impulso renovador provocado pelo Concílio Vaticano II e também pela iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em estabelecer o Regional Oeste 2. Este centro católico de educação foi criado com a intenção inicial de formar o clero católico do Regional Oeste 2 da CNBB. É que os seminaristas do estado de Mato Grosso eram todos enviados ao Seminário Inter-regional de Campo Grande para os estudos superiores de Filosofia e Teologia. Além da distância o processo formativo em Filosofia e Teologia se dava em desconexão com a realidade, com o povo e com a cultura do Estado de Mato Grosso. A distância dificultava também o acompanhamento da formação dos futuros presbíteros pelos seus respctivos bispos. Os custos também ficavam muito elevados.

Às dificuldades locais junta-se o desejo, interesse e insistência da Santa Sé e do Papa em particular, de que o estado de Mato Grosso tivesse seu próprio centro de formação do clero. Esse interesse era frequentemente expresso por meio da Nunciatura. O desenvolvimento do estado de Mato Grosso, principalmente dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande ofereceram melhores condições de ensino e pesquisa. É também na rergião metropolitana da capital que se encontra o maior número de pessoas capacitadas e qualificadas para o exercício do magistério nos curso de Filosofia e Teologia. Por essas razões decidiu-se por implantar a FACULDADE SEDAC no município de Várzea Grande, Região metropolitana da capital do estado.

Foi a partir daí que no dia 11 de março de 1997 iniciaram-se as reuniões para se estruturar o instituto, que iniciou suas atividades no ano de 1999, inicialmente no município de Cuiabá, na sede da CNBB – CENE, com o curso de Filosofia, à época com o intuito de ser um curso propedêutico ou preparatório para o ingresso no curso de Teologia. Após dois anos, em 2001, iniciou-se o funcionamento do curso de Teologia, na modalidade de curso livre e eclesiástico.

Em 2008 iniciaram as discussões para credenciar a instituição junto ao órgão gestor da política de educação nacional, Ministério da Educação – MEC, deixando assim de administrar apenas cursos livres, para obter a certificação legal como Instituição de Ensino Superior. Para reponder legalmente e dar sustentabilidade econômica, os bispos membros do Regional Oeste 2 fundaram a mantenedora denominada ADAC – Associação Dom Aquino Correa, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com registro de seu estatuto em cartório da comarca de Várzea Grande, sob número de registro n. 1.039, protocolo n. 64.156 de 23 de abril de 2009, e passou a desenvolver suas atividades norteando-se pela legislação federal sobre a educação superior, pelo seu regimento interno, por normas internas emanadas dos órgãos próprios e pelo estatuto da mantenedora, na esfera de suas atribuições específicas. Nesse contexto decidiu-se que o SEDAC passaria a usar o nome de fantasia: Faculdade SEDAC.

A Faculdade SEDAC, nesse novo ciclo de planejamento almeja ampliar suas áreas de atuação e sua presença no Estado, propondo cursos em várias regiões, atenta ao desenvolvimento e as demandas de cada lugar. Quer também contribuir com a formação de profissionais pautados por metodologias ativas e inovadoras que dialoguem com os cidadãos. Consciente de que a formação de profissionais em nível superior, as reestruturações institucionais da gestão pública, o uso de tecnologias modernas e não agressivas ao meio-ambiente e novos modos de interação econômica constituem alavancas seguras para a sustentabilidade do desenvolvimento socialmente referenciado de Mato Grosso.

Em 17 anos de funcionamento como curso livre e eclesiástico o SEDAC formou 281 acadêmicos em Filosofia e 113 em Teologia. A mairoria dos egressos acham-se inseridos nas Dioceses do Mato Grosso, nos mais distantes e variados municípios, em paróquias, capelas e em diversas atividades pastorais, de administração da Igreja regional, muitos envolvidos com projetos educacionais. Em 2016 a Faculdade formará a primeira turma com diploma reconhecido pelo MEC (Portaria nº 49, de 28 de maio de 2012), também com Reconhecimento Pontifício (Decreto nº 337/2015 – Congregação para Educação Católica, Roma).

No ano de 2015 foi autorizado o curso de Licenciatura em Filosofia e encontra-se em tramitação no MEC os cursos de Psicologia e Pedagogia. Também já estão em fase de finalização 03 turmas de pós-graduação (Analise Existencial e Logoterapia, Educação Sistêmica Fenomenológica e Catequese), num total de 87 alunos. Nos cursos de extensão foram certificados 838 alunos.

Por fim, cientes de que nos dias atuais de crise e busca de superação é importante inovar, repensar, criar uma nova formulação dos vínculos entre educação, pessoas e sociedade, com possibilidade de orientar o trabalho teórico e as decisões políticas.

Estes são os principais desafios que a instituição permanentemente lança para si.

Nesse contexto é inspiradora a palavra do Papa João Paulo II na Carta Encíclica Ex Corde Ecclesiae:

“A Universidade Católica, a par de qualquer outra Universidade, está inserida na sociedade humana. Para a realização do seu serviço à Igreja, ela é solicitada – sempre no âmbito da competência que lhe é própria – a ser instrumento cada vez mais eficaz de progresso cultural quer para os indivíduos quer para a sociedade. As suas atividades de investigação, portanto, incluirão o estudo dos graves problemas contemporâneos, como a dignidade da vida humana, a promoção da justiça para todos, a qualidade da vida pessoal e familiar, a proteção da natureza, a procura da paz e da estabilidade política, a repartição mais equânime das riquezas do mundo e uma nova ordem económica e política, que sirva melhor a comunidade humana a nível nacional e internacional. A investigação universitária será dirigida a estudar em profundidade as raízes e as causas dos graves problemas do nosso tempo, reservando atenção especial às suas dimensões éticas e religiosas”. (ECE, nº 32)