Nós agentes de pastoral, reunidos em Porto Alegre, de 19 a 21 de outubro de 2018, no XVI Seminário nacional de Prevenção ao HIV para discutir sobre o que cabe ao agente de pastoral na estratégia tratamento como prevenção, representando a Rede da Pastoral da Aids presente em 21 estados da federação, desejamos reafirmar nosso compromisso com a vida como direito humano; com a democracia como forma de organização social e a Constituição Federal como garantia de seu funcionamento; com o Sistema Único de Saúde como sistema que garante a possibilidade de vida com qualidade para todos os cidadãos e cidadãs.
Animados pela fé em Jesus Cristo, fundamentados nos valores do evangelho, com espiritualidade libertadora e encarnada, em comunhão com o Papa Francisco, almejamos uma sociedade justa, igualitária e inclusiva, fundada sobre o respeito, a tolerância, a humanização, a equidade, sem preconceito e estigma.
Enquanto Rede de Agentes da Pastoral da Aids nos comprometemos a:
Informar e orientar a população sobre a epidemia da aids – formas de transmissão e de prevenção do HIV – e sobre o acesso à Rede de Saúde, principalmente nos eventos de grande concentração de pessoas (Romarias, feiras, festividades etc), bem como nas ações comunitárias, nas campanhas da vigília pelos mortos de Aids e do dia mundial de luta contra a aids – 1º de dezembro;
Continuar trabalhando no incentivo ao diagnóstico precoce, lançando mão de todas as oportunidades e meios disponíveis (teste rápido, convencional, fluído oral, auto-teste), respeitando os princípios de espontaneidade e sigilo, para que a população conheça sua sorologia e acesse o tratamento, evitando doenças oportunistas e mortes prematuras; Contribuir na difusão da importância do tratamento como prevenção, pois beneficia a pessoa, em primeiro lugar, e repercute na diminuição da propagação do HIV; Incentivar a organização de grupos de adesão, como espaços de acolhimento, escuta e suporte, que facilitam o acesso a serviços e profissionais de saúde qualificados para a realização do tratamento, que possibilita vida com qualidade; Propagar por todos os meios disponíveis que com os avanços da ciência e da tecnologia, com o acesso facilitado aos medicamentos que temos disponíveis, com boa adesão ao tratamento e com condições sociais favoráveis, mesmo tendo sido infectado por um vírus que ainda não tem cura, é possível viver com qualidade e dignidade e vencer a epidemia do HIV; Colaborar, enquanto Rede da Pastoral da Aids da Igreja Católica, na construção de respostas à epidemia, em conjunto com outros atores sociais, com os órgãos governamentais nas diferentes esferas, com outras religiões, movimentos, organizações e universidades, pois a complexidade da epidemia exige respostas multissetoriais.
Porto Alegre, 21 de outubro de 2018.